quarta-feira, 22 de julho de 2020

AULA 23/07 - LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ANO

TEMA: SUBSTANTIVO

LINK DA AULA:  https://www.youtube.com/watch?v=fIokjffOAIg&feature=youtu.be

O que é substantivo?

Substantivo é uma classe gramatical cuja função é, grosso modo, nomear os seres em geral. Apesar de essa conceituação estar presente em vários locais, há que se ressaltar sua incompletude, tendo-se em vista que o substantivo pode também ser responsável por denominar ações (abraço, chute), postulados físicos (inércia), aspectos emocionais e psicológicos (covardia, esquizofrenia, ansiedade, amor, ódio), elementos socioculturais (pobreza, inteligência), entre outros.
  • Substantivos comuns e substantivos próprios

substantivo comum é responsável por nomear a generalidade dos seres da mesma espécie, dos elementos abstratos, dos objetos e dos fenômenos da natureza, ou seja, sua função é identificar o que está presente na vida e no imaginário daqueles dotados de linguagem, mas sem individualizar esses constituintes da experiência humana.
Exemplos
  • Zebra (animal de uma determinada classe)
  • Amor (sentimento abstrato)
  • Garfo (objeto)
  • Chuva (fenômeno da natureza)
Se o substantivo comum designa um todo, o substantivo próprio aplica-se ao singular, conforme se observa a seguir:
Exemplos
  • Japão (país específico, não há outro);
  • João (apesar de ser o nome de muitas pessoas, tem-se que pensar em alguém de forma contextualizada, ou seja, que está imerso num dado universo e, por isso, torna-se particular);
  • Brasil Escola (apenas um site é detentor dessa titulação).
Observação: É importante ficar atento aos empregos dos substantivos, pois, a depender da situação e da intenção do locutor, isto é, da pessoa que transmite uma informação, uma palavra tida como comum pode ser, na verdade, própria, assim como uma própria pode carregar um sentido comum.
Marlene e eu divertimo-nos muito na Viola de Prata.
Perceba que tanto viola quanto prata são normalmente substantivos comuns, já que o primeiro nomeia um tipo de instrumento musical e o segundo identifica uma espécie de minério, mas, no contexto, Viola de Prata é uma determinada boate, sendo, portanto, um lugar singular, o qual deve ser identificado pela utilização de um substantivo próprio.
Não é um Vietnã, mas é guerra.
Apesar de Vietnã ser um país específico, na situação anterior, o termo não é utilizado para identificar-se a nação, mas para apresentar-se o sentido de qualquer guerra cuja duração foi extensa, ou seja, trata-se de mais um entre tantos conflitos armados, figurando-se, dessa maneira, como um substantivo comum.
Observação: Os substantivos coletivos, ou seja, as palavras que transmitem ideia de um agrupamento de seres ou de uma reunião de entidades constituem substantivos comuns, uma vez que não individualizam os elementos, apenas os consideram como uma massa indistinta.
Exemplos
  • Arquipélago: ilhas próximas detentoras de características comuns
  • Cardume: agrupamento de peixes
  • Vocabulário: palavras da mesma língua
  • Enxame: muitas abelhas num mesmo local
  • Manada: conjunto de animais da mesma espécie com comportamentos semelhantes
  • Baixela: vários itens de cozinha, como panelas
  • Resma: 500 folhas de papel
  • Substantivos primitivos e substantivos derivados

Os substantivos primitivos são compostos por palavras que não se originaram de outras presentes na mesma língua.
Exemplos
  • Guerra
  • Cidade
  • Rua
  • Laranja
Já os substantivos derivados, conforme o próprio nome anuncia, são palavras que provêm de outras, sendo que o termo original pode ser um:
→ Substantivo: bruxa, que origina bruxaria;
→ Adjetivo (classe gramatical cuja função é caracterizar, evidenciar qualidades ou estados dos seres): célebre, que cria celebridade;
→ Verbo (exprime uma ação, um estado ou um fenômeno situado no tempo): casar, que gera casamento.
Observe que a formação dos substantivos derivados depende da colocação de prefixos (morfemas que se posicionam antes do radical, isto é, partes das palavras que acrescentam uma informação à ideia principal, por exemplo, hipertensão — excesso de tensão) e sufixos (morfemas que se posicionam após o radical, como pezão — pé grande) nas palavras primitivas, a fim de criar-se termos que auxiliem na economia linguística em determinadas construções sintáticas.
Veja, a seguir, esse fenômeno:
  • Maria falou que a mãe fora à papelaria.
  • Maria falou que a mãe fora ao local no qual se vende papel.
  • Substantivos simples e substantivos compostos

Os substantivos simples são constituídos por apenas um radical (parte da palavra que carrega o sentido principal dela).
Exemplo
  • mesário não compareceu às eleições.
→ Radical
→ Sufixo (profissão/função)
Os substantivos compostos, apesar de também apresentarem uma unidade de sentido, têm mais de um radical em sua uma estrutura. Em vista disso, formalmente, eles podem aparecer como uma palavra.
Exemplos
  • passatempo (brincadeira)
  • hidromassagem (massagem feita à base de água)
Podem também aparecer com dois ou mais termos, separados ou não por hífen.
Exemplos
  • bicho-da-seda (inseto específico)
  • cachorro-quente (tipo de alimento)
  • Nossa Senhora (mãe de Jesus)
Acesse também: Hífen - o que mudou?
  • Substantivos concretos e substantivos abstratos

Os substantivos concretos nomeiam seres de existência própria, isto é, figuras independentes que fazem parte de um universo real ou imaginário.
Exemplos
  • Lobisomem (entidade imaginária)
  • Lápis (objeto)
  • Andréa (pessoa)
  • Goiânia (cidade)
  • Congresso Nacional (instituição)
Os substantivos abstratos designam qualidades, ações, sentimentos, estados, sensações. Constata-se, portanto, que a existência desses elementos está condicionada a um ser concreto ou imaginário que os evidencie ou os experiencie. Além disso, pressupõe-se a manutenção do caráter universal deles, ou seja, da sua aparição em diversos locais e variadas situações.
Exemplos
  • Avareza, lentidão (qualidades)
  • Solidão, ódio (sentimentos)
  • Velhice, juventude, felicidade (estados)
  • Ardência, conforto (sensações)




ATIVIDADE


Leia:

Guarda-chuva

    Na Mesopotâmia, atual região do Iraque, artefatos de folhas de palmeira, pluma ou papiro protegiam a cabeça dos reis contra o sol.
    Isso há 3.400 anos.
    Raramente chovia por ali.
    Em 1.786, os ingleses começaram a sair às ruas com os                            ou guarda-sol.
Disponível em: <http://www.revistinhasinteligentes.org>.

Questões


Questão 1 – Para contar a origem do guarda-chuva, o autor do texto empregou substantivos próprios. Identifique-os:
R.

Questão 2 – Classifique o substantivo “cabeça”, presente no texto, assinalando a seguir (tem mais de uma alternativa correta):
(     ) comum                      (     ) próprio                 (     ) concreto                   (     ) primitivo                                             
(     ) abstrato                     (     ) simples                (     ) composto                 (     ) derivado

Questão 3 – A expressão “de folhas de palmeira, pluma ou papiro”:
(     ) explica o substantivo “artefatos”.
(     ) caracteriza o substantivo “artefatos”.
(     ) complementa o substantivo “artefatos”.

Questão 4 – O que é um substantivo?

Questão 5 – Localize o período do texto que não apresenta substantivo:
R.

Questão 6 – O substantivo composto “guarda-chuva” foi corretamente passado para o plural na alternativa:
(     ) “[…] com os guardas-chuva ou guarda-sol.”
(     ) “[…] com os guarda-chuvas ou guarda-sol.”
(     ) “[…] com os guardas-chuvas ou guarda-sol.”

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